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Campo Grande, sexta-feira, 08 de dezembro de 2023.

Através de relatórios CCEV aponta pneus como o maior local para criadouro do mosquito da dengue

Por Gilson Giordano em 22/11/2017 às 17:02

Além dos pneus, outros objetivos jogado fora, como tigela de plástico é apontada também com farto criadouro da dengue (Foto: Divulgação)

Relatório da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande, elaborado com base nos dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LiRaa), apontou que 80% dos focos do mosquito foram encontrados dentro das residências em locais como caixa d’água, vaso de planta, piscina e até bebedouros de animais.

Conforme o relatório referente ao número de depósitos predominantes, de janeiro até outubro, foi identificado 1.010 focos do mosquito em materiais inservíveis, ou seja, passíveis de descarte e em locais de uso comum e contínuo, mas que por não receberem os devidos cuidados se tornam potenciais criadouros do Aedes aegypti.

Os pneus velhos continuam sendo os locais preferidos do mosquito e lideram o ranking de predominância.  Durante as vistorias do CCEV, foram encontrados 110 focos nestes locais, o que representa 10,89% da parcela total de focos.

Segundo o coordenador do CCEV, Eliasze Guimarães, apesar do material ser comumente encontrado em terrenos baldios e em depósitos específicos, há uma parcela significativa de pessoas que ainda os armazenam em seus quintais de forma inapropriada, assim como outros materiais.

A lista de criadouros em potencial segue com baldes e tambores, com predominância de 9,50% dos focos, seguidos de: caixa d’água (7,43%); vaso de planta (6,83%); vaso sanitário (4,75%); piscina (4,55%); latas (3,76%); lona plástica e ralo (3,37%), bebedouros de animais (3,27%), entre outros.

 Apesar do número de casos notificados das doenças relacionadas ao Aedes – Dengue Zika e Chikungunya – ter diminuído significativamente em relação ao ano passado, a orientação do CCEV é que as pessoas se mantenham vigilantes, haja vista que, com a chegada das chuvas a proliferação do mosquito aumenta exponencialmente o que, consequentemente, aumenta os riscos.

Quem tem quintal em casa ou deixa objetos expostos a céu aberto precisa ter cuidado redobrado. Piscinas e caixas d`água abertas e sem vedação são claros criadouros em potencial, mas até calhas, telhas e sacos de lixo devem ser checados, reforça o coordenador do CCEV.

Orientações

Caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros necessitam ser tampados. E até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como é o caso de geladeiras e climatizadores. Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor). Caso tenha, é preciso limpar, com água e sabão, a bandeja onde a água é acumulada, uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo.

Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia – lugares que podem gerar acúmulo –, e sim na terra ou no cimento quente.

Com o calor que faz na cidade, piscinas – de todo tipo ou tamanho – são motivo de alegria. Mas a atenção deve ser redobrada, pois também se trata de um dos lugares favoritos do Aedes. Sendo assim, fica a dica: piscinas e fontes devem ser limpas e tratadas com o auxílio de produtos químicos específicos.

Um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo. Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção; tudo isso pode ser foco de Aedes. Furar o fundo das latas e, se possível, amassar; tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado; enviar sacos plásticos para reciclagem; amassar copos descartáveis; e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água.

Desde o início do ano a Secretaria de Saúde tem intensificado as ações de combate ao mosquito, através das vistorias de rotina e do trabalho de borrifação do Fumacê que percorre diariamente os bairros da Capital.

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